Translate

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015





E se eu fosse amigo do meu Pai.

O mais engraçado que quando decidi escrever esse conto, comecei em uma noite de grande tempestade. Fazia muito calor naqueles dias e eu não me lembro de dias tão quentes e secos. Os Jornais chegaram a dizer que minha cidade estava sendo um dos lugares mais quentes do mundo, incluindo o deserto da Austrália e o da Namibia. 
Eu lembro de flashes de luzes brancas atravessando a janela do quarto e desenhando listras paralelas no chão a cada vinte segundos mais ou menos naquela noite. Havia muitos trovões também e o vento assobiava fazendo uma melodia com notas graves e prolongadas. Poderia ter começado a escrever uma história de terror ou um suspense. Lembro que cheguei a escrever duas folhas e apaguei. 
           Na mesma noite faltou luz por umas duas horas. Fiquei escutando o barulho da água cair perto da casa quase rente a janela onde estava vazando por uma ferrugem avançada da calha. Quanto mais chovia mais me convencia em um suspense. Liguei a lanterna joguei contra a parede branca para rebater, e comecei a escrever com um lápis em um bloco que deixo sempre ao lado. E com aquela luz fosca suave, pensei em algo parecido como desses em que alguém está andando por uma estrada secundaria em uma noite com muita chuva, então o carro do nada começa a falhar eu meio aos raios e trovões. Então a pessoa já muito apreensiva sai do carro em meio ao barro e tenta pedir ajuda em um posto de conveniências na beira da estrada com aquela meia luz e um tanto abandonado. Aqueles postos de beira de estrada bem típicos mesmo. Bombas de gasolinas antigas e bastantes enferrujadas, luzes fluorescentes fracas iluminando o interior com prateleiras sem muitas coisas para se vender, um cachorro deitado na entrada da loja, um barulho de uma placa ao longe dançando com o vento, com um letreiro rasgado ou enferrujado, onde não se consegue ler tudo. Mas acho que suspense não é para mim.
       Acho que os dias de hoje as pessoas precisam sentir o verdadeiro lance de viver. Olhar somente para nossas vidas e esquecer das coisas que nos rodeiam parece estar virando rotina. Quem saiba escrevo um conto de fadas onde o ser humano resgate quem saiba o motivo de estarmos nesse pequeno planetinha rodeado por dezenas, centenas, milhares de outros planetinhas.
 Embora a mensagem que foi deixado a dois mil anos atrás até que é bem convincente, seja lá quem escreveu, e parece que todos ganham com ela. Contudo, poucos queiram colocar em prática. Entretanto houve alguém que tentou colocar e acabaram matando.

Então peguei cento e sessenta músicas de 1955, e fiquei escutando elas por quarenta e cinco dias, mergulhei em uma época onde somente conhecia em sonhos. Imaginei um garoto como outros tantos garotos vivendo em uma cidade pequena do interior, sentindo falta de seu pai na sua infância mesmo estando com ele. Mas alguma coisa aconteceu que sua vida não virou em um conto de fadas. Mas virou uma vida simples e principalmente um pouco mais feliz.   

_________________________________________________________________________


And if I was a friend of my father.

The funny thing that when I decided to write this story, got into an evening of great storm. It was very hot those days and I do not remember days so hot and dry. The newspapers came to say that my city was one of the hottest places in the world, including the desert of Australia and Namibia.
I remember flashes of white lights through the bedroom window and drawing parallel stripes on the floor every twenty seconds or so that night. There was also a lot of thunder and the wind whistled making a melody with severe and prolonged notes. I could have started writing a horror story or a thriller. I remember I got to write two leaves and blacked out.
           The same night the light went out for a couple of hours. I was listening to the sound of water falling near the house almost close the window which was leaking by an advanced rust rail. The more it rained the more convinced me in suspense. I turned on the flashlight played against the white wall to counter, and began to write with a pencil on a block that always leave next. And with that soft dim light, I thought of something like these where someone is walking down a secondary road on a night with a lot of rain, so the car begins to fail anything I amid thunder and lightning. Then the person has very apprehensive out of the car amid the mud and tries to get help at a gas conveniences on the roadside with one half light and an abandoned well. Those well even typical roadside stations. Old gasoline pumps and plenty rusty, weak fluorescent lights illuminating the interior with shelves without a lot of things to sell, a dog lying in front of the store, the sound of a sign in the distance dancing with the wind, with a torn or rusted placard, where you can not read everything. But I think suspense is not for me.
       I think today people need to feel the real bid to live. Look only at our lives and forget the things around us seems to be becoming routine. Who knows write a fairy tale where the human rescue who knows why we are in this small little planet surrounded by tens, hundreds, thousands of other planetinhas.
 Although the message that was left two thousand years ago until it's pretty convincing, whoever wrote there, and it seems that everyone wins with her. However, few want to put into practice. However there was someone who made a bid and ended up killing.

So I got a hundred and sixty songs of 1955 and I was listening to them for forty-five days immersed in an age where only known in dreams. I imagined a boy like so many other boys living in a small town, missing his father in its infancy even though with it. But something happened that his life did not turn into a fairy tale. But turned a simple life and above all a little happier.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário